VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM "COMÉRCIO JUSTO" ?
As empresas brasileiras aderem ao modelo europeu de Comércio Justo. Com um crescimento médio de 30% ao ano na Europa, o Comércio Justo ultrapassa a US$ 3 bilhões de faturamento em todo o mundo.
Esse movimento é sinônimo de uma nova proposta de negócio e valoriza o trabalho do pequeno produtor e do artesão na cadeia produtiva. Nasceu com objetivo de combater a pobreza através de geração de trabalho e renda de forma sustentável, ou seja, constante.
Segundo a Associação Sociale, o comércio justo nasceu na França, na década de 60, como um movimento social que visava combater a injustiça econômica que existia no mercado internacional. A prática vem disseminando nos últimos 50 anos, assim como os produtos orgânicos, que hoje são um nicho em expansão.
No franchising, algumas marcas já aderiram ao Comércio Justo, como a MegaMatte, Fundação L´Occittane, Toca Tapetes, Brasil Social Chic e L´Oreal.
Cases: A rede carioca MegaMatte implantou esta filosofia por meio de sua cadeia produtiva de erva-mate orgânica. O produtor rural Delby Machado, dona da fazenda ervateira, que produz a matéria-prima da rede, intermediou o encontro com a Fundação Mokiti Okada para que a erva recebesse certificação de orgânica. O selo trouxe benefícios para a franqueadora e para a fazenda.
Já a distribuidora têxtil Brasil Chic Chic iniciou em 2008 a prática do Comércio Justo em toda a sua cadeia produtiva, trabalhando com 4 grupos de costura e artesanato das regiões sudeste e centro-oeste. Em 2009, este grupo de pessoas aumentou para 13 pessoas, tornando-se a primeira marca de moda brasileira a trabalhar o conceito em toda a sua gestão. Atualmente, exporta parte de sua produção para a Europa, Estados Unidos, Japão e Emirados Árabes.
A fundação L´Occitane, marca francesa de cosméticos é outro case de sucesso no cenário varejista. A empresa utiliza matérias-primas extraídas da Amazônia na elaboração de seus produtos. Também está construindo a fábrica-sede da produção de óleo de andiroba da Cooperativa de Mulheres da Ilha de Marajó - dentro do conceito europeu de geração de trabalho, renda e independência dessas trabalhadoras.
A WFTO (World Fair Trade Organization) estabeleceu 10 padrões a serem seguidos por organizações que praticam o Comércio Justo no dia-a-dia de trabalho:
- Criação de oportunidades para produtores em desvantagem econômica;
- Transparência e prestação de contas;
- Práticas de comércio ampliada;
- Pagamento de um preço justo;
- Não ao trabalho infantil e forçado;
- Não discriminação, igualdade de gênero e liberdade de associação;
- Condições de trabalho;
- Capacitação;
- Promoção do comércio justo;
- O ambiente.
Grande abraço,
Erica Andrade
Fonte: Revista Franquia & Negócios - Dez/Jan 2011
Comentários