GRILETTO: UMA HISTÓRIA DE SUCESSO


Falência de açougue deu origem a rede de restaurantes com mais de 100 lojas


Ricardo José Alves, 40, cresceu entre matérias-primas, prateleiras e clientes. Filho de portugueses donos de uma padaria em São Roque (66 km a oeste de São Paulo), ele carrega nas veias o sangue empreendedor. Mas foi uma experiência mal sucedida nos negócios que o fez abrir o restaurante que deu origem à rede Griletto, hoje mais de 100 unidades em shoppings de todo o Brasil. 
Ele começou sua trajetória empreendedora aos 13 anos, quando comprou um carrinho de cachorro-quente. Em sociedade com um amigo, o jovem perdia as noites do fim de semana vendendo lanches na porta do bailinho da cidade. “Foi uma aventura. Comprei o carrinho com o dinheiro que eu ganhei trabalhando na padaria dos meus pais e tive o apoio deles”, diz.
A experiência durou um ano e ele voltou a trabalhar com o pai. Mais tarde, ainda na adolescência, vendeu uma moto para investir em um novo empreendimento próprio: um açougue. “Mudar de área de atuação foi um desafio, tive que aprender muita coisa, como fazer contato com novos distribuidores.”

Concorrência predatória fez o empreendedor fechar as portas

O negócio prosperava. Além de vender para o cliente final, distribuía carnes para bares, restaurantes e hotéis da região. Chegou a ter oito açougues em diferentes cidades da região. Porém, com a chegada dos hipermercados, os pequenos açougues começaram a ser "engolidos". E a forte concorrência o fez desistir do ramo.
“Algumas unidades eu consegui vender, outras tive que fechar. Foi um momento muito difícil e triste também”, diz.
Para não perder o conhecimento e os contatos que havia feito no setor de carnes, Alves criou um novo negócio. Em 2004, abria as portas o primeiro restaurante Griletto, num shopping de Itu (101 km noroeste de São Paulo), servindo refeições com carnes grelhadas.
Aos poucos, a rede foi crescendo, sempre em praças de alimentação de shoppings, e Alves chegou a ter 12 lojas próprias. “Estava num ritmo de crescimento em que eu não conseguia encontrar pessoas para trabalhar comigo nem tinha capital disponível para acompanhar a expansão. Optei, então, por franquear a rede”, declara.

Adaptação do negócio foi necessária para sobreviver

Hoje, são mais de 100 lojas nos principais shoppings de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Brasília, Alagoas e Piauí. Em 2011 a marca registrou faturamento de 89 milhões e cresceu 40% em número de unidades em relação a 2010, terminando o ano com 72 lojas. Dando sequência a seu programa de expansão no país, a rede pretende chegar a 120 lojas até o final de 2012 e com faturamento de R$ 112 milhões.
“A principal lição foi enxergar que o mercado em que eu atuava, de açougues, estava diminuindo e antecipei essa movimentação. Em vez de ficar chorando, busquei uma alternativa para o meu negócio. É isso que os empreendedores têm que fazer”, afirma Alves.
Fonte: Uol, set.12

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