ABC É SEGUNDO MERCADO DE FRANQUIAS EM SÃO PAULO


Bons índices econômicos e a renda da população em crescimento posicionam o Grande ABC como mercado fértil para a expansão de franquias. Esse setor movimentou R$ 1,150 bilhão na região no ano passado, consolidando-a na segunda posição no Estado de São Paulo, atrás somente da Capital.
A Associação Brasileira de Franchising espera que essa cifra aumente no mínimo 15% neste ano. "É uma região promissora que desperta tanto o interesse das empresas que ainda não têm presença, como plano de avanço daquelas que já estão instaladas", diz o diretor executivo da ABF, Ricardo Camargo.
Cerca de 500 das 1.900 marcas atuantes no País têm pontos de venda no Grande ABC, correspondendo a 2% das unidades em funcionamento. Dos R$ 75,987 bilhões faturados pelo setor em 2010, também quase 2% foram das operações locais.
Apesar de a região ser berço de 28 marcas, muitas com presença nacional, como a Antídoto Cosméticos, Rede Oficina Brasil e Valmari Cosméticos, são as franquias de outras cidades que laçam investidores como a contadoraVivian Cardozo, que aplicou R$ 600 mil em três lojas Água de Cheiro.
"O principal interesse é complementar a renda. Em sete meses pagamos os custos das unidades, que estão em São Bernardo, São Caetano e Diadema. A vantagem desse negócio é contar com o suporte da consultoria na administração", destaca Vivian. Ela planeja mais lojas na região e no interior paulista.
Shopping centers em construção ou ampliação são outros fatores que impulsionam a vinda de novas marcas. "Entre 60% e 70% das lojas satélites dos complexos são franquias. A região é um mercado tão importante quanto a Capital, e os hábitos de consumo dos moradores são bem parecidos", afirma o sócio da consultoria Francap, André Friedheim.
EXPANSÃO - Presente no Grande ABC desde 2007 com restaurantes, a rede de fast-food China House inaugurará outras duas unidades até o fim de 2012. Apenas as lojas de Santo André, São Bernardo e São Caetano representam 30% dos ganhos. Abrir uma unidade da marca requer aporte a partir de R$ 234,5 mil, sem considerar o ponto.
No mesmo caminho está o Rei do Mate, que detém 12 franquias e planeja novas unidades para Santo André e São Caetano. Interessados na marca precisam desembolsar quantia de R$ 180 mil a R$ 250 mil pela unidade.
O restaurante Bon Grillê está entre as dezenas de marcas que terão como endereço o ParkShopping São Caetano no fim do ano. Será a terceira unidade na região, sendo que as duas primeiras estão em território andreense. Endossam a lista o concorrente Griletto, as redes de lingerie Hope e a de roupas femininas Stroke.
Microfranquia é opção de investimento para quem tem pouco capital
O desenvolvimento da economia brasileira somado à oferta de crédito, que até o ano passado estava em abundância, proporcionou o surgimento das microfranquias - cujo investimento inicial não passa de R$ 50 mil. Muitas dessas marcas dobraram seu tamanho em um ano.
As áreas de prestação de serviços, cursos, técnicas de treinamento, jardinagem e pequenos negócios ligados à alimentação (quiosques), despontam como opções viáveis aos bolsos mais curtos. Esses modelos são mais baratos, pois, em geral, não é preciso estoque de produtos ou ponto de venda.
Em 2010, as marcas que mais cresceram foram Zets (e-commerce), de 37 unidades para 75; a Amigo Computador, de 18 para 32 pontos; Tutores (reforço escolar), saiu de 108 para 121 e Emagrecentro, de 137 para 180.
Receita bruta do setor em 2010 foi de R$ 76 bi
No ano passado, o setor de franquias manteve o ritmo de crescimento na casa dos dois dígitos ao alcançar receita de R$ 75,987 bilhões. O montante é 20,4% maior quando comparado a 2009. Para este ano, a meta dos empresários é ampliar em 15% esse número.
Alimentação foi o segmento que mais cresceu (39%), seguido por acessórios pessoais e calçados (29,9%), vestuário (29%), móveis, decoração e presentes (27,4%) e esportes, saúde, beleza e lazer (20%).
O número de redes em operação cresceu 12,9% e o de unidades (franqueadas e próprias) chegou a 86.365, incremento de 8% em relação a 2009. Essa expansão resultou na abertura de 57 mil postos de trabalho. Atualmente, o setor responde por 777 mil empregos diretos.
Fonte: Diário do Grande ABC

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