6 MITOS SOBRE TER UMA FRANQUIA



Pensar que a franquia é um negócio garantido e que nunca dá errado são erros de quem quer ser franqueado


São Paulo – As redes de franquias no Brasil abriram quase 7 mil novas unidades em 2010, impulsionando o faturamento de quase 76 bilhões de reais do setor. Esse foi o melhor resultado histórico das franquias no Brasil e demonstra que cada vez mais empreendedores escolhem este meio para ser donos dos próprios negócios.
Com um baixo índice de mortalidade, as unidades se sustentam com o apoio da rede franqueadora. Por isso, o investimento inicial costuma ser mais alto do que para a abertura de uma marca própria. Por outro lado, os empreendedores não são tão livres para fazer mudanças e adaptações, já que a franquia precisa manter uma padronização para sobreviver.
Entre os mitos mais comuns disseminados sobre este tipo de negócio está o de que a escolha da franquia deve ser baseada na afinidade do empresário com o produto. “Saiba que vender esses produtos é uma experiência bem diferente de comprá-los”, alerta Alain Guetta, conselheiro e consultor de negócios da ABF-Rio. Confira a seguir outros mitos sobre abrir uma franquia
1 - Franquia é sempre um negócio de sucesso
Nenhuma franquia atinge um patamar de sucesso se não possuir uma rede de franqueados qualificada, antenada, dedicada e empreendedora. Assim como outros negócio, também há risco em investir em franquias. “Franqueado tem que ter consciência que para atingir o resultado desejado deverá trabalhar muito e se dedicar sem descanso para o crescimento da sua franquia”, diz a consultora de franquias Melitha Novoa Prado.

A ideia de que nem talento nem aptidão são necessários e que todo o apoio da franqueadora vai ser suficiente para a franquia dar certo também precisa ser deixada de lado. “Treinamento de franqueado não faz milagre se o individuo não se identifica com a operação e principalmente com o produto ou serviço franqueado”, reforça Melitha.
2 - Não há risco em ser franqueado
Apesar de pouco comum, as franquias podem fechar também, seja por má gestão ou pelo ponto comercial. Portanto, isso não significa que o negócio se mantenha sozinho. “O franqueador ajuda mas não funciona, em absoluto, como uma espécie de babá onipresente do franqueado”, diz Guetta.

Por isso, a escolha da franquia é muito importante. Não adianta pegar qualquer uma confiando que o negócio não terá altos e baixos. “Muitos analisam superficialmente o negócio, não refletem sobre seu próprio perfil e muito menos se aprofundam na essência da franquia. O resultado é desastroso”, alerta a consultora.

3 - Devo investir tudo que tenho na franquia
Já sabendo que o negócio pode ser arriscado, vale repensar quanto você está disposto a desembolsar pela franquia. As marcas costumam divulgar um valor de investimento inicial que não contempla, por exemplo, gastos com ponto comercial. Não pense que a rentabilidade mensal garantirá seu sustento. “É fundamental guardar boas reservas pois a rentabilidade é apenas expectativa”, explica Guetta.
4 - Só marcas conhecidas são bons negócios
As maiores redes, como O Boticário e McDonald’s, costumam ser também as mais desejadas pelos candidatos. “A marca de prestígio é certamente um fator de grande relevância, mas o sucesso final também depende do ponto comercial, da competência do franqueado e de inúmeras outras variáveis empresariais”, diz Guetta.
Achar que só são boas as franquias estrangeiras ou as que são bastante conhecidas no mercado é um erro. “No Brasil, há ótimas empresas, que formatam bem o modelo de negócio, mantêm bom relacionamento com os franqueados, tem uma consultoria de campo eficiente, sabem resolver conflitos e buscar boas soluções para a rede”, avalia Melitha. Afinal, segundo ela, “o que funciona no McDonald’s nem sempre dá certo no Bob´s”.
5 - Franqueados não tem liberdade na rede
É verdade que quem resolve comprar uma franquia precisa estar disposto a seguir as regras estabelecidas pela franqueadora. Isso não significa que é preciso obedecer cegamente as decisões da rede todo o tempo.
Para Melitha, o sistema de franchising deixou de ser vertical. “Hoje ele é horizontal, interativo e bilateral. Quem compra uma franquia atualmente quer opinar, participar, questionar. Todo franqueado busca um franqueador que admira e que esteja pronto para ouvi-lo”, diz a consultora.
6 - O fundo de propaganda é um problema
Esse é um tema que costuma gerar discussões entre o franqueado e a rede. “Por ser algo tangível é fácil colocá-lo como gerador de insatisfação na rede”, diz Melitha.
O fato é que os franqueadores precisam entender que a real insatisfação do franqueado pode vir de outros problemas. “Muitos reclamam do fundo, mas o que gera o desconforto é a falta de reconhecimento do seu trabalho como franqueado ou a própria ausência do franqueador na relação”, garante a consultora. Por isso, é importante investir tempo para manter o relacionamento com a rede saudável e satisfatório.

Fonte: Exame

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